terça-feira, 25 de maio de 2010
terça-feira, 18 de maio de 2010
sexta-feira, 14 de maio de 2010
terça-feira, 11 de maio de 2010
terça-feira, 4 de maio de 2010
domingo, 2 de maio de 2010
quarta-feira, 21 de abril de 2010
segunda-feira, 19 de abril de 2010
quinta-feira, 15 de abril de 2010
quarta-feira, 14 de abril de 2010
segunda-feira, 12 de abril de 2010
domingo, 11 de abril de 2010
quarta-feira, 7 de abril de 2010
terça-feira, 6 de abril de 2010
segunda-feira, 5 de abril de 2010
sábado, 3 de abril de 2010
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Seja eu a criança, o mais pequeno
Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.
Alberto Caeiro - O guardador de rebanhos, poema viii (excerto)
foto: Chiado, Lisboa, Março '10
terça-feira, 30 de março de 2010
Um dia a gente muda o destino dos pobres..
Numa mesa pediram cachaça. Houve um movimento de copos no balcão. Um velho então disse:
- Ninguém pode mudar o destino. É coisa feita lá em cima – apontava o céu.
Mas João de Adão falou de outra mesa:
Um dia a gente muda o destino dos pobres...
Pedro Bala levantou a cabeça, Professor ouviu sorridente. Mas João Grande e Boa-Vida pareciam apoiar as palavras do velho, que repetiu:
- Ninguém pode mudar, não. Está escrito lá em cima.
- Um dia a gente muda... – Disse Pedro Bala, e todos olharam para o menino.
- Ninguém pode mudar o destino. É coisa feita lá em cima – apontava o céu.
Mas João de Adão falou de outra mesa:
Um dia a gente muda o destino dos pobres...
Pedro Bala levantou a cabeça, Professor ouviu sorridente. Mas João Grande e Boa-Vida pareciam apoiar as palavras do velho, que repetiu:
- Ninguém pode mudar, não. Está escrito lá em cima.
- Um dia a gente muda... – Disse Pedro Bala, e todos olharam para o menino.
Jorge Amado - Capitães da Areia (excerto)
Foto: Manifestação 26 de Março, Lisboa
domingo, 28 de março de 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
quarta-feira, 24 de março de 2010
terça-feira, 23 de março de 2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
Lisboa I
Lisboa com seu nome de ser e de não-ser
Com seus meandros de espanto insónia e lata
E seu secreto rebrilhar de coisa de teatro
Seu conivente sorrir de intriga e máscara
Enquanto o largo mar a Ocidente se dilata
Lisboa oscilando como uma grande barca
Lisboa cruelmente construída ao longo da sua própria ausência
Digo o nome da cidade
- Digo para ver
Sophia de Mello Breyner Andresen -Lisboa (excerto)
Foto: Lisboa, Março '10
domingo, 21 de março de 2010
sábado, 20 de março de 2010
É Terça-Feira
"E na Feira da Ladra nos vingamos
dum pouco desse tempo que morreu.
Em cada botão velho que compramos
há sempre uma corja de amos
que em Abril, Abril venceu.
Agora não compramos velharias,
tudo passado é lastro do futuro.
Nascemos para o sol todos os dias,
na nossa Feira da Ladra
já não há ladrões no escuro."
Ary dos Santos - Nova Feira da Ladra (excerto)
Foto: Feira da Ladra, Lisboa, Março '10
sexta-feira, 19 de março de 2010
quarta-feira, 17 de março de 2010
À beira de água
Estive sempre sentado nesta pedraescutando, por assim dizer, o silêncio.Ou no lago cair um fiozinho de água.O lago é o tanque daquela idadeem que não tinha o coraçãomagoado. (Porque o amor, perdoa dizê-lo,dói tanto! Todo o amor. Até o nosso,tão feito de privação.) Estou ondesempre estive: à beira de ser água.Envelhecendo no rumor da bicapor onde corre apenas o silêncio.Eugénio de AndradeFoto: Graça, Lisboa, Março '10
terça-feira, 16 de março de 2010
segunda-feira, 15 de março de 2010
domingo, 14 de março de 2010
quinta-feira, 11 de março de 2010
quarta-feira, 10 de março de 2010
Aqui ninguém pede esmola
segunda-feira, 8 de março de 2010
Trapos e cacos e contradições
domingo, 7 de março de 2010
Silêncio da criação
o lado dos Homens

Ao lado dos homens as pedras, os bichos, outros homens. O mesmo equivale ao dizer a sibila de todos os medos e coragens. Na verdade, somos todos feitos da mesma luz, condição essencial até para os cegos. Falamo-vos do sonho. Rubro ou apenas sombreado na pequena esperança de que vos valha, de que nos valha ao humanismo, qualquer retrato do quotidiano de que aqui trazemos. É na junção das coisas simples que habita a denúncia da nossa condição. Passo primordial para a longa caminhada. Revolução.
foto: apanha da azeitona - Ervidel/Aljustrel 2009
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